Depois de ter conhecido o Cerro Otto e Cerro Campanário, chegou finalmente o momento de visitar o Cerro Catedral, que é a estação de esqui oficial da cidade e o principal destino de todos os turistas e muitos locais durante o inverno. Como já mencionei nos primeiros posts, nossa viagem a Bariloche foi em junho, portanto antes do início da temporada de inverno na cidade. Por esse motivo, apesar de já ter muita neve na montanha, a estação não estava oficialmente aberta. Apesar desse fato, o passeio até o Cerro é interessante, não só para conhecer sua estrutura e imaginar como fica durante a temporada, mas também para subir no único teleférico disponível e ver o visual lá de cima. Se você quiser saber o calendário de Cerro Catedral, assim como preços, horários, serviços disponíveis e diversas outras informações importantes, consulte o site oficial nesse link. São ao todo mais de 50 pistas de diversos níveis de dificuldade, portanto independente do seu nível, sempre haverá uma opção adequada.
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Como sempre em Bariloche, o primeiro passo é decidir como chegar ao destino. Todas as agências vendem passeios e qualquer táxi ou remis pode te levar até o Cerro Catedral, mas sem dúvida nenhuma a melhor opção custo-benefício é o ônibus municipal da companhia 3 de Mayo. Eles oferecem um ônibus exclusivo que leva até o Cerro Catedral e faz várias paradas no centro e algumas na Avenida Bustillo. Especificamente no centro, ele percorre toda a Avenida Moreno, que é paralela a Mitre, portanto ideal para quem está hospedado na região. No nosso caso, pegamos no ponto na Moreno entre Palacios e Beschedt. Você pode consultar todos os horários e paradas no site oficial da companhia ou de Bariloche nesses links: horários, trajeto e horários e paradas. A tarifa é somente 10 pesos por pessoa e você pode pagar diretamente ao motorista, não necessitando de um cartão recarregável, o que facilita o processo mas deixa o embarque um pouco mais lento. Mesmo com todas as paradas, levamos em torno de 30 minutos para chegar ao Cerro.
Na base da montanha fica toda a estrutura da estação, com diversos serviços, lojas e restaurantes. A neve nesse ponto estava rala também, ao contrário do que veremos mais adiante no topo da montanha. Infelizmente estava tudo meio as moscas por conta das atividades não terem iniciado, mas como a estação iria abrir em menos de 1 semana, já tinha algumas opções abertas. Por esse motivo tivemos que imaginar como deve ficar cheio essa região e como deve ser o burburinho na alta temporada. Uma dica importante é se você viaja com crianças, ou simplesmente tem vontade de fazer um esquibunda leve, o ideal é comprar uma prancha nas lojas antes de subir, pois no alto eles não vendem e você não vai ter como curtir.
Em seguida partimos para a principal atração do Cerro Catedral para quem não pretende esquiar, ou está visitando-o durante a baixa temporada, que é o teleférico fechado que te leva até ao topo da montanha onde fica o Refugio Lynch, também conhecido como Cable Carril, portanto é só seguir as placas para chegar lá. Em junho de 2014 o preço era de 140 pesos para adultos e 95 para crianças. O lado negativo desse teleférico é que só cabem um pouco mais de 20 pessoas e só existem dois, um subindo e outro descendo, portanto dependendo da quantidade de turistas a espera pode ser grande. Nós tivemos que esperar mais de 1 hora, mas outros turistas comentaram com a gente que chegaram a esperar mais de 2 horas, portanto o ideal é comprar o ingresso logo para garantir o lugar. Levamos em torno de 15 minutos para chegar lá em cima e o visual da subida é bem bacana! Quanto mais alto, mais neve víamos.
Na verdade a subida até o Refugio Lynch acontece em duas etapas. A primeira, feita no teleférico fechado, você chega até uma estrutura com bar fechado e várias mesas ao ar livre para contemplar o visual. Nesse ponto já tem muita neve e as crianças se divertem bastante fazendo esquibunda, caso você tenha comprado a prancha na base como eu mencionei, ou então simplesmente fazendo guerra de neve. Também é possível tirar fotos com bonecos de neve, mas é pago a parte para o fotógrafo.
Para chegar ao Refugio Lynch efetivamente é necessário tomar um outro meio de elevação de cadeirinha, que são os mais comuns em estações de esqui. Esse trecho não é muito grande, mas essa subida adicional faz toda diferença na paisagem. É que ao contrário da parada anterior, aqui você está no ponto mais alto, portanto não tem nada que obstrua sua visão. É possível ver bem longe e a paisagem com toda aquela neve e lagos é sensacional!!!
São vários pontos de observação, portanto o ideal é ir percorrendo devagar todos. Recomendo só tomar cuidado ao caminhar nesse pedaço, pois escorrega bastante e todo cuidado é pouco. Na parte da frente tem uma pedra com uma bandeira da Argentina fincada bem bonita, que dá um toque especial a paisagem!
Quando estiver cansado, é possível parar um pouco dentro do bar do Refugio Lynch e tomar uma bebida para esquentar e relaxar. Acabei não entrando e voltando logo para a primeira parada, pois era mais divertido para brincar e também tinha opções de comida e bebida.
Ao final do passeio voltamos para a base da estação e tomamos o ônibus de volta ao centro. O ponto para voltar fica no mesmo local onde você desembarcou, portanto é bem fácil encontrar. Apesar de a estação ainda não estar aberta oficialmente, gostamos bastante do passeio pelo visual do Refugio Lynch e a possibilidade de brincar um pouco na neve. Para visitar o Cerro Catedral, ao contrário dos passeios anteriores, caso você não tenha, recomendo o aluguel de roupa de neve (caso seja inverno, é claro!). Além de ficar mais tranquilo para curtir a neve, em alguns locais é bem escorregadio e seu pé afunda na neve, por isso uma boa bota impermeável é essencial, além da roupa para se proteger do frio, que pode ser bem pesado lá no alto.
Ainda fizemos outros passeios e vou contar em breve nos próximos posts.
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