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Punta Cana: Gran Bahia Principe Bávaro

Um dos destinos da viagem que acabei de realizar foi Punta Cana, na simpática República Dominicana. Esta fica no Caribe na mesma ilha do combalido Haiti. Apesar da proximidade, os países são totalmente diferentes, sendo a República Dominicana um dos países que mais recebem turistas na região.


A capital é Santo Domingo (3 horas de distância), mas a maioria dos turistas vai mesmo é para Punta Cana, cuja economia gira toda em torno do turismo. Ela inclusive tem seu próprio aeroporto internacional, não sendo necessário desembarcar na capital. Para chegar lá é fácil, pois agora a Gol oferece 2 voos semanais do Rio de Janeiro, com escalas em São Paulo e Caracas (Venezuela). Também existem outras possibilidades, como a Copa via Panamá, ou a maiorias das companhias americanas, fazendo conexão nos EUA. Como passei pelos EUA anteriormente (vou falar disso nos próximos posts), peguei o voo de Miami que leva apenas 2 horas até o aeroporto de Punta Cana, sendo essa uma ótima combinação de viagem. Além disso, sugiro fazer o voo de dia, pois as paisagens pelo caminho são maravilhosas e dá até vontade pular do avião e mergulhar! 🙂


Na chegada você se depara com um aeroporto simples, mas bem bacana e agradável. Ele é todo coberto de palha e lembra mais um resort do que um aeroporto em si. A imigração pode ser demorada, como foi a minha, pois depende da quantidade de voos chegando ao mesmo tempo. Acabei levando uns 40 minutos. Você também é obrigado a comprar o “tourist card” por US $10 por pessoa para poder passar pela imigração. Os táxis são tabelados e custam normalmente entre US$30 a US$40, dependendo da região do seu hotel, sendo que eu paguei US$38.


Esse é um destino cujo principal objetivo é descansar e curtir o hotel e a maravilhosa praia, já que todos os hotéis são no sistema all-inclusive. São muitos hotéis, o que comprova a força do turismo na região. Como não existem muitas atrações por perto e nem uma vila para se passear, as principais atrações são mesmo o hotel e a praia, portanto a principal tarefa para o sucesso da sua viagem é escolher bem o hotel. Não, não é uma tarefa fácil, já que são muitas opções, preços e resenhas contraditórias dos viajantes. Tem opção para todos os bolsos e os preços são um bom indicativo da qualidade do hotel, mas não uma garantia. Um dos melhores locais para entender melhor essa região, e ler comentários de outros viajantes, são os excelentes posts do Viaje Na Viagem do turista profissional Ricardo Freire, que detalha minuciosamente o litoral e fornece experiências reais de hospedagem em alguns hotéis, além de dicas sensacionais! Para visualizar a página específica de Punta Cana, clique aqui. O post Como escolher seu resort em Punta Cana é de extrema utilidade. Para ajudar, veja um mapa dos resorts abaixo:


Seguindo indicação de amigos e também as avaliações do tripadvisor, escolhemos o hotel Gran Bahia Principe Bávaro, que é uma grande rede espanhola de resorts e estava com um preço excelente para a época. Na verdade, esse é só um hotel de um complexo com 4 hotéis, já que lá também funcionam o Gran Bahia Principe Punta Cana, o Gran Bahia Principe Esmeralda e Gran Bahia Principe Ambar, sendo esses últimos 2 mais exclusivos e caros. Gostamos do resort, mas não adoramos, pois ele peca na qualidade da comida e na recreação infantil (vou falar desses pontos abaixo), mas o resultado final foi positivo.


O complexo é bem grande, o que gera uma certa confusão no início, mas depois você se acostuma. Para facilitar os deslocamentos, o hotel disponibiliza 3 linhas regulares de carrinhos para levar os hóspedes. Existem pontos de parada ao longo do resort e basta você esperar que logo chega um, o que é uma facilidade muito boa!


O hotel é bom bonito e arborizado, com blocos de apartamentos de 3 e 2 andares, mas sem elevador. Nesse ponto os maleiros te ajudam, já que eles também contam com carrinhos para levar os hóspedes e malas até os quartos e são eles que sobem e descem as escadas com as malas. Só não esqueça de separar uma gorjetinha para eles!


Os quartos são bem confortáveis e grandes, apesar de não serem muito novos e não contarem com tecnologias mais modernas, como televisão LCD, mas gostamos. São bem cuidados e as moças da limpeza são extremamente eficientes e simpáticas. Aliás, esse é um dos pontos fortes do resort, pois todos os funcionários são super alegres, simpáticos e solícitos, sendo que a maioria fala várias línguas: espanhol, inglês e até francês (tem muito canadense). O único problema que tivemos é que o quarto não estava pronto quando chegamos, apesar de termos chegado tarde, mas relevamos. O quarto conta com espaço para 2 camas de casal queen size (ideal para quem está com crianças maiores), ou 1 king size, e mais uma salinha e varanda. Eles também estão equipados com um frigobar com bebidas já inclusas na diária, sendo que as mesmas são respostas diariamente. Existe também um cofre, mas o mesmo é cobrado a parte, o que achei um preciosismo do hotel.


Infelizmente não tem wifi nos quartos, mas eles oferecem wifi gratuito na área da recepção e bar, o que é uma grande vantagem em relação aos resorts aqui do Brasil, que inexplicavelmente cobram caro pelo acesso a internet. O acesso não é dos mais rápidos, principalmente na hora de pico, mas atendeu as nossas necessidades.

A praia em frente é muito boa e bonita, com água calminha e clara, apesar de não ser tão clara como a que vimos em Aruba e Playa del Carmen. A areia também uma delícia! As crianças adoram e a praia conta com vários coqueiros, que dão um toque especial à paisagem. A faixa de areia não é muito larga nesse pedaço, mas vi que em outros pontos ela aumenta, como em frente ao hotel Riu, que é vizinho. O vento incomodou um pouco, mas ouvi falar que é da época. O hotel conta também com uma quantidade bem grande de espreguiçadeiras e barracas na praia, mas que são bastante disputadas nas épocas cheias. De qualquer forma, mesmo chegando mais tarde, sempre encontrávamos alguma vazia, mas às vezes tínhamos que procurar um pouco.


O hotel possui 3 grandes piscinas, sendo 1 ao lado da praia, que fica sempre mais cheia, e 2 internas e entre os blocos de apartamentos, mais no centro do complexo. Uma dessas piscinas internas é exclusiva para hóspedes com pulseira vip, por isso fica sempre mais tranquila. Todas contam com uma piscina grande, uma menor para crianças, pelo menos uma jacuzzi e bar molhado. Na piscina ao lado da praia tem uma parte que é uma rampa que vai descendo aos poucos até o fundo que meu filho adorou, pois dava pé para ele. No entanto, apesar do bom atendimento, as bebidas nos bares são bem básicas e não me agradaram muito. Eles até oferecem uma piña colada e caipirinha, mas tudo pronto e meio com gosto de suco. Eu recomendo ficar na cerveja, que surpreendentemente era da Brahma, portanto gostosa.

Piscina da praia

Piscina interna


Falando de pulseira vip, seguimos uma dica do Ricardo Freire e pagamos um adicional por essa opção, chamado de Club Hacienda. Foi a melhor decisão que tivemos! Essa pulseira oferece uma série de pequenos diferenciais, como check-in exclusivo e acesso gratuito a um computador com internet, mas as grandes vantagens mesmo são a piscina exclusiva, uma reserva a mais nos restaurantes temáticos e um restaurante exclusivo (italiano) para o café da manhã e almoço. Como o hotel estava bem cheio devido ao spring break americano, esse restaurante exclusivo foi excelente, pois fazíamos nossas refeições na maior tranqüilidade e ainda por cima contávamos com um menu à la carte no almoço, cuja qualidade era bem melhor do que a do restaurante buffet principal. Os pratos eram simples, mas saborosos.

Café da manhã

Café da manhã

Saladas do almoço

Espaguete ao pesto

Filé e frango grelhado

Sobremesas


O restaurante principal fica ao lado da recepção e é bem espaçoso e agradável, mesmo com o hotel bem cheio. O lado negativo fica por conta da comida, que apesar de variada, era bem fraca em termos de sabor, ainda mais se comparada com as comidas dos resorts do Brasil. Dificilmente o restaurante principal de um resort tem uma comida muito boa, e nem é esse o modelo de negócio deles, mas admito que esperava um pouco mais. Jantamos lá 2 noites e agradecemos por ter reservas nos restaurantes temáticos para os outros dias.


Existem também 2 snack bars ao lado da piscina principal próxima a praia que servem lanches praticamente o dia inteiro, sendo que um deles serve também o café da manhã. Tem pizza, hambúrguer, cachorro quente e mais alguns itens, mas infelizmente a qualidade também não é das melhores. Serve mais para matar aquela fome da tarde.


Agora vamos ao lado bom das comidas do hotel, que são os restaurantes temáticos. Eles ficam em outro patamar e gostamos muitos dos 3 restaurantes que frequentamos. O grande diferencial é a quantidade de opções disponíveis, já que existem restaurantes de 7 especialidades diferentes: espanhol, japonês, mediterrâneo, italiano, mexicano, francês e carnes. Como ficamos 5 noites, tínhamos direito a 3 reservas. Em quase todos você escolhe um dos pratos do cardápio, mas também pode se servir dos pratos do buffet, que as vezes são mais gostosos que o próprio prato principal. Não existe um padrão quanto aos pratos infantis, já que uns possuem cardápio próprio, mas outros não. De qualquer forma, sempre tem algumas boas opções para as crianças, portanto os pais podem ficar tranquilos.

O primeiro que escolhemos foi o espanhol, que era bem bonito e contava com excelentes opções no buffet, como uma paella gostosa, a famosa tortilla espanhola e umas lulas fritas que estavam no ponto. Para o prato principal, pedimos um porco (cochinillo) e peixe com molho de frutos do mar.


O próximo foi o japonês, que é diferente de todos os outros. A refeição é toda preparada na chapa e o menu se limita ao teppanyaki de peixe, frango e carne, acompanhados de arroz frito e vegetais. O grupo se senta ao redor da chapa e o cozinheiro faz um showzinho e depois prepara toda refeição ao vivo. É bastante interessante e a comida estava boa, apesar de não ter shushi como um japonês típico. De sobremesa experimentamos um sorvete frito, que também gostamos.


Por último, fomos no mediterrâneo, que foi o que menos gostamos dos três. Tinha camarão e lula no buffet e os pratos estavam bons, mas a comida demorou um pouco. O resultado final foi positivo e a comida também estava boa.


No quesito diversão, o resort é imenso e conta com várias opções. Para os adultos existem opções de esporte náuticos, que eu não conferi, e as quadras de tênis, vôlei, basquete, paddle e mais um campo de futebol, sendo que eles emprestam gratuitamente o material.

Campo de Futebol

Quadras de Tênis


As crianças contam com um mini clube muito bem equipado e limpo ao lado das piscinas internas, o que é uma boa localização para os pais que desejam ficar na piscina enquanto os filhos brincam. Meu filho adorou brincar lá! Tem uma funcionária que toma conta das crianças, bastando os pais deixarem registrado a entrada e saída dos seus pimpolhos. O lado negativo é que não existe uma recreação com atividades elaboradas paras as crianças, como acontece nos resorts ou hotéis fazenda brasileiros. Até tem um quadro de atividades, mas que não era seguido e as crianças acabam passando o tempo todo no clube sem uma atividade específica. Isso nos decepcionou um pouco, mas não atrapalhou, pois nós mesmos fizemos o papel de recreadores. 😀


Uma ótima opção para crianças, e adultos também, é jogar mini golfe. Tem alguns buracos ao lado das quadras esportivas e eles também te emprestam o material sem custos. É um jogo bem legal e meu filho queria jogar todos os dias, o que foi uma ótima diversão para os finais de tarde! Recomendo.


O hotel ainda conta com um teatro para os shows noturnos, que segue a mesma linha de outros resorts, sendo a maioria apresentada pelos próprios funcionários. Só assistimos a um pedaço pequeno de um dos shows. É divertido, mas nada de excepcional.


Para encerrar, na entrada do hotel, entre as recepções e as quadras, eles construíram uma réplica de uma vila dominicana, chamada de Pueblo Príncipe, cujas casinhas são na verdade lojinhas de lembranças e artesanato. Tem também um casino, para quem gosta de jogar, e no centro dessa vila fica um palco onde também acontecem alguns shows à noite.


Gostamos bastante dessa nossa experiência em Punta Cana, mas só recomendo para quem realmente deseja curtir a tranquilidade de um hotel all-inclusive a beira de uma praia caribenha. É um destino bem familiar e ótimo para crianças. Não é um local recomendado para aqueles que gostam de passear por vilas históricas, ou explorar várias praias, ou comer em restaurantes típicos e requintados ou que buscam agitação noturna. Para esses, existem outras opções melhores no caribe.

Nos próximos posts eu vou contar sobre as nossas aventuras pelas terras do Tio Sam. Até lá!

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Publicado por em Março 25, 2011 em Punta Cana, Rep. Dominicana, Resorts

 

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